Wednesday, February 21, 2007

quando não tornarem borboletas as lagartas, e flores abrirem pálidas.
quando não significar alegria o sorriso, e não for mais macia a boca da mulher...

quando não quiserem ficar os pais com os filhos, e juízes puderem ser vendidos.
ah, esse dia tudo estará perdido.

quando não puderem avós levar à praça netos, quando a maior importância derem aos objetos,
nosso fim estará perto.

quando a ganância fizer sacerdotes, e a fome condenar poetas à morte,
a humanidade virará em outra.

voltarão os homens as cavernas, uma turba será todo o povo, e alguém riscando as paredes,
fará tudo começar de novo.

Thursday, February 8, 2007

Muitas vezes de tanto conviver acha que não vão vê-lo. É desse encontro entre o displicente vulto e o cético com boa visão que nascem as lendas. Perceba que nesse mundo não há só o que se pode ver bem.
A luz criou as sombras, os vultos são sua evolução.
Não são seres, nem vivos nem mortos, muito leves, de variados tamanhos. Não precisam da água nem do ar, não sofrem com o frio e podem durar o tempo do raio ou milhares de anos.
Viajam entre os planetas e as estrelas e reconhecem a natureza. Nossa comunicação é confusa, eles poderiam aceitar a ciência, mas a ciência não conseguiu entendê-los embora apresentados de várias maneiras.
Foram os vultos que resolveram dar ao homem raciocínio, mas assustados nós mantivemos o pensar no limite. Há 200 anos não aceitávamos os micróbios. Demoraremos 2000 anos para reconhecer vultos.